Novo ecossistema Educativo

 




Vivemos cada vez mais numa sociedade digital e em rede marcada por grandes mudanças na economia e nos mercados de trabalho que impulsionam o crescimento de novos paradigmas, modelos de trabalho, processo de comunicação educacional e novos cenários de ensino e de aprendizagem.

Com o contexto da pandemia, a sociedade digital em rede, trouxe um novo paradigma ao ensino tradicional. O ensino tornou-se mais digital, em medida que o digital passou a fazer parte de um novo ecossistema educativo. Conceitos como ensino remoto de emergência, ensino a distância, educação a distância (EaD), e-learning, educação online, web-based learning, open learning, blended learning, passaram a estar presentes, apesar de alguns conceitos já estarem presentes em alguns institutos como a Universidade Aberta, que se insere no processo de criação e desenvolvimento de estruturas de ensino a distância (Moreira & Schlemmer, 2020).

Este novo paradigma de um novo ecossistema educativo, insere-se nas grandes transformações que as diferentes tecnologias digitais e redes de comunicação digitais têm tido e estão a ser grandes promotoras da transformação dos ecossistemas e ambientes educacionais. As tecnologias são e devem incluir, promover, os percursos da aprendizagem, numa viragem facilitara para a educação digital de qualidade. A educação digital ou em rede deve ser vista como um processo enriquecedor pela utilização variável de tecnologias digitais e das redes de comunicação. Como se vai fazer essa transição, depende muito das escolas, institutos, universidades e essencialmente da tecnologia de cada país dispõe e do conhecimento. As tecnologias digitais e redes de comunicação tem um papel importante no ensino-aprendizagem, surgindo assim um novo conceito de aprendizagem onlife, onde se defende o fim da distinção entre offline e online e também a ideia de que as tecnologias são apenas ferramentas de apoio à aprendizagem.

 Os autores Dias-Trindade S. & Moreira J. A. (2017), defendem que as tecnologias e as redes digitais devem ser vistas como ecossistemas ambientais que nos ajudam a perceber o ecossistema digital no que diz respeito, as espécies que o habitam, o enovelado sistema de interações que se estabelecem, a sua estrutura, arquitetura e fronteiras.

O virtual aumenta a nossa condição habitacional ao mundo global em que vivemos, que não está apenas ligada a uma área geográfica, mas a espaços e redes virtuais em rede que as diferentes inteligências e interesses se ligam. Os novos espaços de informação e de comunicação transformam a nossa perceção do tempo, espaço, presença nos novos ecossistemas ambientais de tecnologias digitais e redes de comunicação digitais.

Atualmente, é impossível imaginar uma educação “unblended”, dos processos de ensino-aprendizagem.  A adoção de diferentes tecnologias torna o processo ensino-aprendizagem mais rico, dinâmico com abordagens pedagógicas e diferentes tempos. O ensino híbrido ou blended learning (bLearning), é uma das maiores tendências da Educação do século XXI, pois promove uma mescla entre o ensino presencial e propostas de ensino online. A ideia é unir a flexibilidade e personalização do estudo em ambientes virtuais com as possibilidades e benefícios oferecidos pela convivência em sala de aula. Este meio de aprendizagem pode ser implementado no ensino básico e secundário que pode ser tornar o ensino e aprendizagem inovadora, flexível, e permite a gestão de conteúdos, recursos e interações na sala de aula virtual e na sala de aula física.

O ensino híbrido mistura o ensino online e o offline, ou seja, o presencial e a distância. Dessa forma, é possível utilizar as melhores partes de cada um desses modelos voltados para um único objetivo: potencializar a aprendizagem dos alunos e melhorar a qualidade da educação.

Dias-Trindade S. & Moreira J. A. (2017), Educação Digital para o desenvolvimento curricular e aquisição de competências transversais. Santo Tirso. WhiteBooks.

Moreira, J.A,. & Schlemmer (2020). Por um novo paradigma de Educação Digital ONLIFE. Revista UFG.

Retirado de https://www.revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/63438/36079


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